Amândio Correia

Quando o silêncio mata. O suicídio dos polícias

O suicídio é uma das maiores tragédias silenciosas. Em Portugal, centenas de pessoas tiram a própria vida todos os anos, deixando famílias devastadas, comunidades em choque e perguntas sem resposta. Quando o suicídio atinge os polícias então merece uma atenção ainda mais especial. Eles que juraram proteger-nos enfrentam, muitas vezes, batalhas internas que passam despercebidas, até ser tarde demais.


Os valores da cidadania e a perceção da insegurança

O Observatório de Segurança e Defesa, da SEDES, num estudo cujo relatório é divulgado pelo Diário de Notícias, de 14.07.25, com título de 1.ª página “Criminalidade cai 1,3% mas capas de jornais com crimes aumentaram 130%”, conclui que “esta discrepância entre realidade e a forma como a comunicação social aborda o fenómeno poderá contribuir para a erosão da confiança nas instituições sem esquecer o papel das redes sociais”, como refere o diretor do jornal no seu editorial.


Pede-se ao governo que seja sério. Também com os polícias

O tema da infiltração das ideologias da extrema direita nas polícias tem sido recorrente nos últimos anos. Vem à tona da imprensa na sequência de relatórios sobre a atuação policial ou quando um serviço de interação policial com cidadãos integrantes de grupos de risco, como são os ciganos ou migrantes, não corre bem, como se espera e é desejável. As acusações de xenofobia, racismo e discriminação sucedem-se.


Viver e morrer sozinho

A PSP, através de informação à imprensa do dia 6 de Abril, deu conhecimento que, nos últimos 3 anos, tinha participado a morte de 757 idosos, sozinhos em casa, sendo 60% (455) mulheres e 40% (302) homens. As situações ocorreram um pouco por todo o país, obviamente nas áreas policiadas por esta polícia, e chegaram ao seu conhecimento através de vizinhos, familiares ou amigos. Nas áreas cujo policiamento é da responsabilidade da GNR a situação deverá ser semelhante.


Eleições e segurança

Os políticos que nos têm governado, os mesmos de sempre e que continuarão a fazê-lo, através das suas perceções, sentimentos, atitudes, comportamentos e científicas análises da realidade, votaram e decidiram que o melhor é ouvir o povo para tirar as dúvidas. Todos têm dúvidas da legitimidade e da capacidade de governança dos adversários. As certezas acontecem na ética, ou melhor, na sua falta, em que, com frequência, se acusam mutuamente, quase sempre com razão. Então vamos a votos porque “o povo é quem mais ordena”.


Acontecimento e personalidade do ano

Com o final de ano é habitual os órgãos de comunicação social, escrita e falada (jornais, revistas e televisões), eleger personalidades e acontecimentos que marcaram o ano que termina. Não querendo “meter a foice em ceara alheia” apeteceu-me também escrever estas linhas seguindo um pouco essa prática. Porque tudo o que diz respeito à Polícia, mais especificamente, à PSP, não me deixa indiferente é por aí que vou. A minha escolha é a instituição Polícia de Segurança Pública.


Chame a polícia

No dia 25 de Novembro, comemorou-se o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, cujo objetivo é sensibilizar a sociedade para a violência praticada contra as mulheres e raparigas, seja ela física, psicológica, sexual, social ou outra e assim contribuir ativamente para a sua diminuição sustentada nas comunidades, nos grupos sociais, nas famílias, no trabalho, etc. A informação divulgada por várias instituições a este propósito não animadora. Em contexto de violência doméstica, este ano, até dia 15 de Novembro, 20 mulheres foram assassinadas.


“Não se negoceia sob coação"

“A felicidade no trabalho é um ativo económico relevante? Uma pessoa infeliz produz em média menos 37%”. É a pergunta e a conclusão que titulam um artigo do Ministério Sombra, uma iniciativa do jornal Expresso , em cuja edição os especialistas abordam o valor económico da satisfação e da realização profissional, associados à qualidade da gestão dos líderes.


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