“A nomeação de Secretário-Geral para a Investigação trouxe com ela um acréscimo de responsabilidade"

José Mário Leite nasceu na Junqueira da Vilariça, Torre de Moncorvo. Estudou em Bragança e no Porto e casou em Brunhoso, Mogadouro. Colabora com o Mensageiro e outros jornais regionais. Também escritor, com vários livros publicados, foi recentemente nomeado Secretário-Geral da Fundação Champalimaud. Esse foi o mote para esta entrevista.
Mensageiro de Bragança:Como encarou esta nomeação para o cargo de Secretário-Geral da Fundação Champalimaud?
José Mário Leite: A nomeação de Secretário-Geral para a Investigação, embora pudesse ser encarada como o passo seguinte na minha carreira de Gestor de Ciência, tendo sido algo surpreendente, foi também, ao mesmo tempo, natural. O Conselho de Administração tinha-me já confiado a responsabilidade da gestão do projeto altamente inovador e desafiante Botton-Champalimaud, com o objetivo de criar um centro de investigação diretamente ligado à prática clínica para desenvolver terapias inovadoras, no tratamento do cancro do pâncreas, ao mesmo tempo que continuava a apoiar a Administração, como consultor, para os assuntos científicos das restantes áreas da investigação.
Esta nomeação não implicou qualquer alargamento das áreas de atuação. Trouxe, com ela um acréscimo de responsabilidade substituindo o aconselhamento pela atuação com responsabilidades diretas sobre as mais variadas decisões que me foram delegadas.