Autárquicas 2025, a crónica da vulgaridade! - O lodo
Para ajudar os indecisos a tomarem uma decisão correta sobre se valerá a pena votar, em quem votar e para quê votar nas próximas eleições, sem qualquer comentário, opinião ou juízo de valor, tendo como fonte exclusiva a análise objetiva que procurei fazer do número astronómico de promessas, a maioria das quais, sem qualquer viabilidade, se resumiam a um exercício desonesto da mais pura demagogia sem pés nem cabeça, atentatórias da dignidade e da inteligência das pessoas, espalhadas à balda em doses industriais pelos candidatos e pelas principais figuras da classe política, os únicos responsáveis pelo seu descrédito perante a opinião pública que, cada vez mais desiludida, considera quase todos como farinha do mesmo saco.
Esta é a imagem da realidade, nua e crua, da política do país real, sobretudo nas áreas de maior concentração dos votos, seja em Beja ou Castelo Branco, Faro ou no Porto, Setúbal ou Bragança, no Minho ou no Algarve, em Lisboa ou Coimbra, em Aveiro, na Guarda, na Madeira ou nos Açores:
- Um deputado é traidor quando nos tempos difíceis vira as costas ao país;
- A política não está fixe. Está inquinada e já cheira mal;
- Vamos tornar-nos no país dos párias;
- Porque não concorreu ninguém a estas eleições, lá tive de concorrer eu;
- Aqui ninguém come PIB. Quando perdemos não dizemos que ganhámos;
- Já fizeram o seu número agora era bom que se dedicassem ao importante;
- A cidade, (Lisboa) está suja. Há cada vez mais lixo na rua, mas não só;
- Candidatei-me só para ver se arranjava canetas e aventais para a malta e, deixemo-nos de conversas, sempre se ganha algum;
- Isto vai, isto vai, isto vai !... Ganha Lisboa e ganha Portugal;
- Têm mais experiência, mas só na corrupção e no compadrio;
- Sou o ausente presente. Os políticos estão apáticos e vim para os motivar;
- Ter a esquerda a pedir a minha demissão, para mim isso é ótimo;
- Demiti-me porque ele é um líder fraco e o seu discurso é de taberneiro;
- Faça-se tudo para que as campanhas não se transformem num Carnaval;
- Candidatei-me porque sou reformado e precisava de me distrair;
- Dei o nome para a lista porque faziam falta nomes para a completar;
-Na nossa terra é tudo gente boa, todos colaboram e está tudo bem.
-Votar para quê? É sempre a mesma coisa e fica sempre tudo na mesma;
2 – AS ESTREAS
Termino com a transcrição de dois parágrafos dum desdobrável da apresentação da candidatura à junta de freguesia duma aldeia do norte.
“A política do futuro não se faz de palcos ou de holofotes. Faz-se de soluções concretas, de propostas eficazes e de trabalho consistente que melhore as condições de vida de todas as pessoas.
A minha forma de fazer política é muito simples: Menos conversa, mais ação. Menos protagonismo, mais resultados. Menos promessas impossíveis, mais compromissos exequíveis”.